'Ilhado', guapuruvu vive sua última florada
Por Larissa de Oliveira
Foto: Guilherme Baffi
Ilhado em um terreno que se tornou um canteiro de obras, o guapuruvu da Vila Imperial, em Rio Preto, está naquela que pode ser a sua última florada. A árvore de 80 anos, que chama atenção pelos seus 30 metros de altura e pela intensidade do amarelo de suas flores, está ameaçada por ficar dentro da área onde serão construídas duas torres residenciais. Anteontem, defensores do guapuruvu se reuniram para contemplar a florada. "De longe, dá para ver a copa toda amarela. Eu cresci vendo essa maravilha. Não é possível que a Prefeitura permitirá que ele seja cortado. Precisamos aproveitar cada oportunidade para contemplar a beleza dessa árvore", diz a arquiteta Maria de Paula Barbeiro, 39 anos.
Ela afirma que é possível executar um projeto arquitetônico que preserve o verde. "Falta vontade por parte dos donos do terreno em adequar o projeto e incluir a árvore. Será uma vergonha para a cidade se uma árvore dessa for arrancada". A mobilização contra a derrubada ganhou uma página no Facebook, a "Amigos do Guapuruvu". Em julho, a Associação de Proteção à Cidadania de Rio Preto (APC) foi à Justiça para tentar impedir o corte em terreno onde funcionava a Oficina Cultural Fred Navarro. A Associação Redentora Residence, que comprou o terreno, já derrubou o imóvel onde ficava a oficina.
Uma liminar concedida pela Justiça, em agosto, impede que o guapuruvu seja derrubado até que a autorização da Prefeitura para o corte seja apresentado no processo movido pela APC. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente já deu a permissão, mas a Polícia Ambiental barrou alegando falta de autorização da Cetesb. "Estamos terminando de providenciar toda a documentação e também o projeto exigido pela Cetesb para poder derrubar a árvore. Não temos dúvidas de que vamos conseguir", afirma Gilson Bernardes, coordenador geral da Associação Redentora Residence.
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