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26 de Abril de 2024

ONU avalia que ações contra mudança climática ainda são insuficientes

Segundo relatório divulgado pela ONU, extrair gás de efeito estufa do ar pode ser necessário se não houver ação rápida

Publicado por Carolina Salles
há 10 anos

Uma ação mais rápida é necessária para limitar o aquecimento global a limites estabelecidos e atrasos até 2030 podem levar à dependência de tecnologias para extrair gases de efeito estufa do ar, afirmou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado neste domingo (13).

O estudo, com base na obra de mais de mil especialistas, disse que uma substituição de combustíveis fósseis por energia de baixo carbono como a eólica, solar ou nuclear é acessível e implicaria a redução de apenas cerca de 0,06 ponto percentual por ano do crescimento econômico mundial.

"Temos uma janela de oportunidade na próxima década, e, no máximo, nas próximas duas décadas" para agir a custos moderados, disse Ottmar Edenhofer, co-presidente de uma reunião em Berlim do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

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"Eu não estou dizendo que é sem custo. Eu não estou dizendo que a política do clima é um almoço grátis. Mas é um almoço que vale a pena comprar", disse Edenhofer.

O relatório, endossado por governos, tem como objetivo ser o principal guia científico para as nações que trabalham em um acordo das Nações Unidas que deve ser assinado no final de 2015 para conter as emissões globais de gases de efeito estufa, que atingiram repetidamente novos recordes, guiadas pelo crescimento industrial da China.

Governos se comprometeram a limitar o avanço da temperatura a no máximo 2 graus Celsius acima dos níveis da era pré-industrial para evitar cada vez mais ondas de calor, inundações, secas e elevação do nível do mar, que, segundo o IPCC, estão ligados ao aquecimento artificial provocado pelo homem.

Cenários do IPCC mostraram que as emissões globais de gases de efeito estufa devem atingir o pico em breve e ser reduzidas em 40% a 70% dos níveis de 2010 até 2050. Em seguida, devem ficar próximas de zero até 2100 para manter a alta das temperaturas abaixo de 2º C.

Tais cortes são muito mais profundos do que a maioria dos governos está planejando.

"Uma mitigação ambiciosa pode até exigir a remoção de dióxido de carbono da atmosfera", disse o IPCC. Atrasos em medidas para reduzir as emissões até 2030 forçariam um uso muito maior dessas tecnologias, mostrou o resumo de 33 páginas do documento divulgado para formuladores de políticas públicas.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/2014-04-13/onu-avalia-que-acoes-contra-mudanca-c...

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/onu-avalia-que-acoes-contra-mudanca-climatica-ainda-sao-insuficientes/116133914

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O que é preciso termos em mente são alguns conceitos que a maioria das pessoas não conhecem, como por exemplo, conhecimento sobre os gases que produzem o efeito estufa no planeta.

Estes gases absorvem parte da radiação infra-vermelha, emitida principalmente pela superfície terrestre, e dificultam seu escape para o espaço, impedindo que ocorra uma perda demasiada de calor para o mesmo, mantendo a Terra aquecida.

O efeito estufa é um fenómeno natural e não industrial como muitos acreditam. O efeito estufa acontece desde a formação da Terra, e sem ele, a temperatura média da terra seria, no mínimo, 30º mais baixa do que já é, inviabilizando a manutenção da vida no planeta.

O que deve ter-se em mente é que nem toda e qualquer atividade econômica, equipamento, meios de transporte, etc., que produz calor seria suficiente para tornar este efeito estufa maior a ponto de ser perceptível a níveis alarmantes.

De acordo com a ciência, a terra formou-se há 4,56 bilhões de anos e a vida surgiu na sua superfície um bilhão de anos depois. E o efeito estufa sempre esteve presente. Seriam necessários quando anos para que as nossas indústrias aumentassem o efeito estufa de tal modo que a temperatura em nosso planeta fosse insuportável? Se estão imputando o aumento do efeito estufa às indústrias, mudar a fonte de energia não é o caminho. O caminho seria mudar a forma da industrialização, que continua a mesma, apesar dos avanços tecnológicos no fornecimento de energia. O problema é que o homem continua achando que são os movimentos das caldas dos peixes que provocam as ondas do mar e até os tsunamis. continuar lendo