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20 de Abril de 2024

Brasil já produz mais lixo por pessoa do que pode suportar

Publicado por Carolina Salles
há 10 anos

Cada brasileiro produz, em média, um quilo de lixo por dia. De acordo com o gerente de conteúdos e metodologias do Instituto Akatu, Dalberto Adulis, esse acúmulo é insustentável e precisa ser revisto. Na opinião dele, a conscientização do cidadão passa pela educação ambiental. “O volume é muito grande e a gente tem que repensar a questão do consumo. É preciso ter consciência de que cada coisa que se consome tem um impacto”, afirma.

Mariana: incineração para gerar energia ainda é polêmica; Adulis e a necessidade de repensar os níveis de consumo; Soto: como a Braskem reutiliza resíduos na produção

Em parceria com a Braskem, o instituto criou a Edukatu, uma rede de compartilhamento de práticas sustentáveis e de consumo consciente voltada para estudantes e professores. “O interessante é que o professor é motivado a desafiar os estudantes, que depois passam a fazer parte de uma rede com outros estudantes”, explica.

A secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles, falou da implementação da educação ambiental no currículo escolar. “A nossa cidadania engatinha. A gente tem que melhorar a educação ambiental no país que é muito precária ainda. Quantos não falam ‘Ah, mas não vou separar o lixo porque o governo junta tudo’. Então, o próprio cidadão ainda não percebe que parte da solução começa por ele e é uma questão de educação muito séria no país. Mas embora contrarie a maioria dos educadores que desejam que haja uma disciplina específica para educação ambiental, a posição do governo já está tomada que é de transversalidade dessa disciplina no parâmetro curricular”, avalia.

Jorge Soto complementou a discussão indicando a experiência da Braskem no tema. “Nós também educamos os integrantes e várias coisas passam transversalmente. Mas em algum momento é necessário fazer um recorte, entrar com um mínimo de profundidade para que não fique superficial. Eu acho que não é ‘ou’ é fazer ‘e’. Não transversalidade ou um módulo único, mas os dois. Talvez temporariamente”, defendeu.

Certificação é estímulo a mais para a produção verde, diz diretor da Braskem em debate

Mediado pelo vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Irundi Sampaio, o debate realizado na manhã de ontem no Fórum Agenda Bahia discutiu o tema Política Nacional de Resíduos Sólidos: Desafio Imediato para Economia Verde. Participaram da discussão o gerente de conteúdos e metodologias do Instituto Akatu, Dalberto Adulis, o diretor de sustentabilidade da Braskem, Jorge Soto, e a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles.

De acordo com Adulis, a grande questão da Economia Verde é o fechamento do ciclo. “A única espécie viva que produz lixo é o homem, nenhum outro animal produz. O grande desafio é fazer com que a gente produza menos lixo e que o resíduo entre novamente em atividade produtiva, aliviando a pressão da natureza, por um lado, e, de outro, limpando as nossas cidades”, afirmou o gerente da Akatu, antes de reforçar que os desafios para que esse fechamento aconteça são inúmeros.

A secretária do Meio Ambiente levantou a discussão sobre a incineração como forma de transformar o resíduo em energia. “Esse é um ponto que o próprío ministério não decidiu ainda”, explica. Já o diretor de sustentabilidade da Braskem defendeu a criação de certificação como estímulo à produção verde. “Na década de 1990, o Brasil foi o país que mais rapidamente adotou a certificação de gestão ambiental. É possível, mas é preciso um mínimo de estímulo. Penso que o Senai, o Cese podem ser organizações que podem ajudar nessa questão”, defendeu Soto

Fonte: Daniela Leone - http://www.correio24horas.com.br

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__A falta de educação é o princípio dessa luta. continuar lendo

Duas coisas dão causa ao excesso de lixo, primeiro, como diz o Almir a falta de educação da população, a outra as administrações publicas com indivíduos incompetentes e desonestos. Hoje utilizam dos aterros sanitários, que nada mais são do que esconder sujeira debaixo do tapete, para os administradores públicos esconder o lixo debaixo do chão para que a população não mais o veja, é a solução, porém se incentivassem que o lixo fosse devidamente separado para a entrega para cooperativas, associações ou mesmo para catadores que dele vivem, seria uma solução, pois a partir do momento em que o lixo é entregue a quem dele sobrevive ele deixa de ser lixo, e passa ser matéria prima, daí podemos dizer que não existe lixo material, que ele está apenas nas cabeças das pessoas, o que serve para um as vezes é um tesouro para o outro. continuar lendo

Isso também se dá porque a população contemporánea não paga o preço da liquidação ecológica do lixo, transfere conta para a natureza e gerações futuras. Cada embalagem de decomposição precária deveria ter seu preço para sua liquidação. continuar lendo

Poderia haver um programa de conscientização do consumo. Fazemos muito lixo por que consumimos muitas coisas, as vezes desnecessárias! Por exemplo, já ouvi que estamos ficando gordos como os EUA, imagine se todo mundo diminuísse o consumo de porcaria industrializada por dia? É sério! continuar lendo