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1 de Maio de 2024

Coleta seletiva de lixo em Canoinhas começa em dezembro

Publicado por Carolina Salles
há 10 anos

Os canoinhenses já estão acostumados com os dias da coleta de lixo. No centro e bairros, o caminhão passa duas vezes por semana e recolhe tudo o que os moradores deixam nas lixeiras. Diferente das comunidades do interior, que recebem o caminhão de coleta seletiva uma vez na semana e não podem misturar o lixo comum com o lixo reciclável.

Em breve, as coletas na área urbana de Canoinhas serão alteradas. Isso porque, segundo o secretário de Meio Ambiente, Adinor da Silva, a coleta seleti­va será realizada assim que as adequações na primeira usina de triagem da Cooperativa dos Catadores de Materiais Reci­cláveis forem concluídas. “A expectativa é que comece em dezembro”, conta.

Os dias da coleta seletiva serão divulgados quando a obra no galpão estiver em fase de conclusão.

Empresa responsável pela coleta de lixo, a Serrana En­genharia espera a ordem de serviço do município para co­meçar a recolher os materiais recicláveis no centro e nos bairros. “Atualmente, o material reciclável que recolhemos no interior do município é doado a catadores. Quando a coleta for ampliada, aí será necessário levar para a cooperativa, como destino certo”, diz o supervisor da empresa em Canoinhas, Joel Alves.

Levantamento realizado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) aponta que 93,9% dos municípios cata­rinenses atendem à política de gestão que prevê a destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos domiciliares por meio de aterros sanitários. Canoi­nhas é um deles. O material reciclável coletado no interior é destinado aos catadores e o lixo domiciliar é levado ao aterro sanitário da Seluma/Serrana, em Mafra-SC.

A coleta seletiva é obrigató­ria, conforme a lei 12.305, que trata da Política Nacional de Re­síduos Sólidos. De acordo com o artigo 18 da lei, os municípios que implantarem a coleta sele­tiva terão acesso priorizado aos recursos da União “destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento”.

MATERIAIS

Segundo Alves, a coleta no interior do município tem um problema: as pessoas não se­param corretamente o lixo reciclável do lixo comum. “Nas comunidades rurais, não reco­lhemos fraldas descartáveis, por exemplo. Isso não é reciclável. As pessoas precisam entender que o nosso contrato é de coleta seletiva no interior e não po­demos passar por cima disso.” Mesmo assim, ele afirma que, em alguns casos, as pessoas colocam o lixo comum embaixo do que é reciclável, inutilizando todo o material e prejudicando quem trabalha com o material.

Mas qual seria o destino correto para os resíduos nas comunidades do interior que não podem ser reciclados? Silva reconhece que os moradores precisam dar a destinação cor­reta. Segundo ele, como só há coleta seletiva, a alternativa é deixar nas escolas ou pontos específicos de coleta, que fazem contato com a Secretaria para o recolhimento. “Tivemos a Semana do Lixo Zero e muitas pessoas do interior deixaram os resíduos no ponto de coleta, no centro. As pessoas têm de procurar a melhor forma.” Ele comenta que os moradores podem ligar na Secretaria para esclarecer dúvidas ou para informações sobre a coleta. O telefone é 3621-7744.

VALORES

Para Alves, os valores cobrados dos munícipes para a coleta de lixo são inferiores ao valor real e parte do custo é pago com recursos da própria adminis­tração municipal. “As pessoas reclamam do valor cobrado pela coleta, mas não sabem que a soma não chega à metade do total do serviço”, diz.

Pela coleta de lixo comum, o contrato da Prefeitura com a Serrana Engenharia é de R$ 2.221.179,84 por ano, incluindo a coleta, o transporte e a desti­nação correta no aterro sanitário. Por mês, o valor ultrapassa os R$ 185 mil. Já para a coleta seletiva, realizada até o momento nas comunidades rurais, o contrato é de R$ 55.588,32 ao ano.

Na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), quem tem o lixo resi­dencial recolhido duas vezes na semana paga R$ 94. Quem tem a coleta diária, caso dos mora­dores da área central de Canoi­nhas, R$ 188. O lixo comercial tem valores diferentes para coleta bissemanal e diária: R$ 189 e R$ 378, respectivamente. A taxa é anual. “Porém, ainda tem as pessoas que não pagam o IPTU", diz Silva.

Fonte: www.adjorisc.com.br

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