'É bastante provável', diz ativista do Greenpeace sobre ensaio nu

Uma semana após aparecer de biquíni na edição de março da Playboy, a bióloga Ana Paula Maciel, 32 anos, diz estar satisfeita com o resultado e com a repercussão sobre a foto. Ela negocia com os diretores da revista um possível contrato para que um ensaio nu seja confirmado. Após uma reunião em São Paulo na última sexta-feira (14), a ativista crê em um acordo, mas ainda sem prazo para definição.

“É bastante provável que vá acontecer o ensaio nu. Estamos conversando sobre a assinatura de um possível contrato, sobre cachê e as condições das fotos. Eles [diretores da Playboy] têm sido superacessíveis. Estamos tentando entrar em um acordo”, sintetizou a ambientalista em entrevista ao G1 nesta segunda (17).

A ativista do Greenpeace ficou presa por cerca de dois meses na Rússia, após um protesto no Ártico. O possível cachê, segundo a gaúcha, seria usado para financiar a construção de um santuário para animais. “Acho que a mensagem que eu gostaria de passar ficou bem clara [na revista], representou bastante o que eu já vivi mundo afora e pelo que eu estou lutando”, reforçou Ana Paula.

Com a agenda cheia e a rotina um pouco alterada nos últimos dias, Ana Paula afirma ter recebido elogios das pessoas nas ruas. Críticas existem, mas que, segundo ela, não a abalam. “Nas minhas mídias sociais eu não tenho tido repercussão negativa. As pessoas que não concordam com a minha atitude, por algum motivo, não chegam direto a mim”, pondera.

Ana Paula diz ainda que precisa procurar pelas críticas e, quando lê algum comentário negativo, fica "admirada com a criatividade das pessoas e um pouco perplexa com a falta de respeito e a ignorância das pessoas”. Apesar disso, a ativista diz que procura encarar os comentários com humor. “Geralmente dou risada. São críticas tão descabidas, às vezes, e injustas. O que podemos fazer? O que seria do verde se não existisse o amarelo?”, brinca.

Ana Paula permaneceu presa na Rússia durante dois meses ao lado de outros membros do Greenpeace após um protesto no Ártico. Da ONG, só recebeu a orientação de deixar claro que se tratava de um projeto pessoal e não da organização.

No dia 19 de setembro, 28 ativistas e dois jornalistas que acompanhavam o grupo foram presos após membros da organização ambiental tentarem escalar uma plataforma da Gazprom para protestar contra a exploração de petróleo do Ártico. Eles foram surpreendidos pela polícia russa, que prendeu toda a tripulação do navio Arctic Sunrise. A embarcação também foi apreendida.

O grupo permaneceu detido durante dois meses, primeiro sob a acusação de pirataria e, em seguida, sob a acusação de vandalismo. Em novembro, eles receberam o direito de responder ao processo em liberdade mediante pagamento de fiança. Desde então, estavam livres na cidade de São Petersburgo, mas sem poder deixar o país. Todos os ativistas já foram soltos.

Foto: Luane Pariz/Arquivo Pessoal

Fonte: G1 e http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=6&cid=191981